quarta-feira, 31 de agosto de 2011

MEIO AMBIENTE E PROGRESSO: DESAFIO PARA NOSSA SOCIEDADE E PARA AS FUTURAS GERAÇÕES


A preservação do nosso planeta é considerada a única solução para a salvação da raça humana, uma vez que não temos para onde ir caso não hajam recursos naturais essenciais a nossa sobrevivência. Diante disso o respeito ao meio ambiente deixa de ser uma atitude politicamente correta para um dever de sobrevivência, cabendo aos governantes e a todas as pessoas fiscalizar as indústrias poluidoras, reciclar o lixo, cuidar para que o esgoto não prejudique a saúde e o meio ambiente tratando-o da maneira adequada, e principalmente cuidando da limpeza das águas, em processo de extinção.
Nosso comportamento de donos e senhores de tudo pode nos levar a aniquilação, nossa soberba de seres civilizados poderá destruir-nos, e estas não são afirmações apocalípiticas, são advertências reais e mais próximas do que imaginamos. Já perdemos espécies de animais, de plantas e possivelmente a cura para muitos de nossos males pelo nosso avanço progressista desgovernado. Agora é hora de pararmos para racionalizar os recursos naturais, primando pela sua manutenção.
Os silvícolas considerados por muitos criaturas sem civilização conseguem viver em harmonia com o meio ambiente e entendem, ainda que sem educação formal, que necessitam da natureza para viver, dando exemplo a nós brancos civilizados, poluidores, degradadores do nosso meio ambiente. O processo de industrialização não deve, nem pode, ser parado, porque isto geraria consequências sociais sérias, como desemprego. Porém, precisamos despertar para a necessidade premente de conscientização, buscando equilibrar um pouco o progresso com o meio ambiente, buscando formas de viabilizar a recuperação do meio ambiente e utilizando-o apenas dentro dos limites em que é possível recuperar-se.
Não podemos viver como se não houvesse amanhã. O progresso entendido como ciclo de consumo/produção exige a extração de matéria prima da natureza, porém não podemos extrair tanto que a natureza não seja mais capaz de produzir esses bens de que precisamos. Essa comportamento é auto-destrutivo, incompatível com a civilização humana. Como se esta ação predatória não bastasse, a fumaça e os resíduos resultantes do processo industrial causam prejuízos naturais imensos, causando a nós mesmos doenças. Devemos utilizar e buscar gerir os detritos de forma que nossa saúde e o meio ambiente não sofram tantos danos.
O Brasil possui em abundância as "Sete Matrizes Ambientais", os insumos vitais para a sobrevivência da agricultura e da indústria: a água, o minério, a energia, a biodiversidade, a madeira, a reciclagem e o controle de emissão de poluentes; portanto, é essencial que as questões ambientais sejam incorporadas de forma abrangente em todas as atividades da sociedade. E destacamos a Amazônia, patrimônio cobiçado pelo riqueza mineral e natural, além do enorme contingente aquífero. O mundo inteiro envia cientistas para estudar a biodiversidade e a biopirataria dos nossos materiais genéticos da Amazônia é enorme, várias de nossas plantas são roubadas e registradas em laboratórios farmacêuticos estrangeiros, de modo que temos que impedir e fiscalizar para que os brasileiros aproveitem esses recursos, porque a Amazônia é patrimônio brasileiro.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL


A partir das últimas décadas a questão ambiental tornou-se uma preocupação mundial. Todas as nações do mundo reconhecem a importância da preservação da natureza, principalmente depois de termos sofrido os revesses climáticos decorrentes do desrespeito ao meio ambiente, uma vez que mesmo que uma nação não degrade acabará por sofrer as consequências das degradações alheias, somos todos sócios dos efeitos da destruição.
Entretanto, a complexidade dos problemas ambientais exige mais do que medidas pontuais que busquem resolver problemas a partir de seus efeitos, ignorando ou desconhecendo suas causas. Não é possível resolver problemas ambientais de forma isolada, de forma que a qualidade ambiental está ligada e condicionada ao processo de desenvolvimento adotado por todas as nações. Desse modo, a questão ambiental deve ser tratada de forma global, considerando que a degradação ambiental é resultante de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade apropria-se e utiliza os recursos naturais. Diante dessa constatação, somente mudando a sociedade mudaremos os rumos de aproveitamento do meio ambiente.
O crescimento econômico desvinculado do desenvolvimento sustentável é evidentemente comprometido, uma vez que ele mesmo corrobora para sua destruição, já que com a escassez do capital natural não haverá como crescer. Assim, a degradação ou destruição de um ecossistema compromete a qualidade de vida da sociedade, uma vez que reduz o bem estar que a natureza pode oferecer à humanidade. Portanto, o desenvolvimento centrado no crescimento econômico que deixe em segundo plano as questões sociais e ignore os aspectos ambientais não pode ser denominado de desenvolvimento, pois de fato trata-se de mero crescimento econômico, conforme já explicado conceitualmente.
Fato inconteste é que a implementação do desenvolvimento sustentável passa necessariamente por um processo de discussão e comprometimento de toda a sociedade uma vez que implica em mudanças no modo de agir dos agentes sociais, a exemplo da coleta seletiva de lixo, onde só com a adesão comunitária os efeitos esperados acontecerão. Não adianta coletar o lixo seletivamente se o vizinho continua a jogar o dele no córrego e a entupir as vias em período de chuvas, como ocorre em São Paulo. Então, a educação ambiental e consciência ecológica são as palavras chave para o desenvolvimento sustentável.
A implementação de programas que visem instaurar o desenvolvimento sustentável depende da opinião pública e da participação popular, porque é um processo eminentemente social, ainda que se considere que há interesse do povo pelas questões ambientais é forçoso reconhecer que somos um país com analfabetos, com péssimo nível educacional e com desigualdades sociais gritantes, de forma que falta ao povo informação e conhecimento real sobre os problemas ambientais. Iniciativas como cooperativas de coleta seletiva são instrumentos hábeis a desmistificar o problema da coleta seletiva de lixo e ainda prover o sustento de famílias com baixa renda, alcançando a finalidade social do desenvolvimento sustentável.
O exercício da cidadania é um dos passos para viabilizar o desenvolvimento sustentável, essencialmente a cidadania ambiental, buscando transformar essas pessoas em indivíduos que participem das decisões sobre seus futuros, exercendo desse modo seus direitos, conhecendo e informando-se sobre as questões ambientais de seu país e de sua comunidade. Uma das formas de levar educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares, inclusive constitucionalmente previstas. As discussões em sala de aula são altamente efetivas, porque os mais jovens levarão aos adultos de suas casas a semente da proteção do meio ambiente.

Sustentabilidade Ambiental


A sustentabilidade é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação, e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema. Podem-se citar medidas que estão no centro da questão da sustentabilidade ambiental: a aquisição de medidas que sejam realistas para os setores das atividades humanas. Os pontos elementares da sustentabilidade visam à própria sobrevivência no planeta, tanto no presente quanto no futuro. Esses princípios são: utilização de fontes energéticas que sejam renováveis, em detrimento das não renováveis. Pode-se exemplificar esse conceito com a medida e com o investimento que vem sido adotado no Brasil com relação ao biocombustível, que por mais que não tenha mínima autonomia para substituir o petróleo, ao menos visa reduzir seus usos. O segundo princípio refere-se ao uso moderado de toda e qualquer fonte renovável, nunca extrapolando o que ela pode render. Em um quadro mais geral, pode-se fundamentar a sustentabilidade ambiental como um meio de amenizar os danos provocados no passado. A sustentabilidade ambiental também se correlaciona com os outros diversos setores da atividade humana, como o industrial, por exemplo. A sua aplicação pode ser feita em diversos níveis: a adoção de fonte de energias limpas está entre as preocupações centrais, algumas empresas tem desenvolvidos projetos de sustentabilidade voltando-se para aproveitamento do gás liberado em aterros sanitários, dando energia para populações que habitam proximamente a esses locais. Outro exemplo de sua aplicação está em empresas, como algumas brasileiras de cosméticos, que objetivam a extração cem por cento renováveis de seus produtos. O replantio de áreas degradadas, assim como a elaboração de projetos que visem áreas áridas e com acentuada urgência de tratamento são mais exemplos que já vêm sido tomados. Pode-se afirmar que as medidas estatais colaboram perceptivelmente com a sustentabilidade ambiental. Sendo necessário não apenas um investimento capital em tecnologias que viabilizem a extração e o desenvolvimento sustentável, mas também conta com atitudes sistemáticas em diversos órgãos sociais e políticos. Como por exemplo, a propaganda, a educação e a lei.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CIDADE, SUSTENTABILIDADE E GLOBALIZAÇÃO.


A busca da sustentabilidade da cidade a partir da valorização do seu patrimônio natural e cultural, encontra razão no fato de tratar-se de um suporte natural continuamente transformado pelas práticas sociais que lhe conferem usos e funções.  A definição dessas práticas, influenciada por interesses exógenos, ou resultante de conflitos, ou motivada por concertação entre os atores urbanos - sociedade, governo, mercado - vai modelar o espaço urbano, conferindo-lhe níveis distintos de sustentabilidade.   A adoção de um enfoque sistêmico do espaço urbano, exigência do enfoque sustentável, é fundamental para repensar a cidade não apenas em termos materiais, infra estruturais ou mesmo ambientais, mas para transformá-la na expressão da sociedade que a habita, na sua singularidade, especificidade e intimidade, estabelecendo com os espaços (singulares) - entorno, bairros, ruas, praças, edifícios - relação de apropriação. Nesse sentido, os espaços naturais e culturais representam lugares significativos por assumir o caráter de símbolos de reafirmação da identidade cultural.

DESFIOS
No entanto, não é tarefa simples fazê-lo, pois o sistema urbano constitui um profundo desafio à sustentabilidade. Como compatibilizar os sistemas natural e cultural, num  habitat artificial "por natureza", que não pode perdurar sem aportes constantes de energia, matéria-prima, água, alimentos? Enquanto ambiente artificial, apresenta-se como centro de captação de fluxos externos e a busca da sustentabilidade estaria relacionada, do ponto de vista material, ao esforço  para minimizar o consumo de energia fóssil, matérias, emissão de resíduos e, gerir judiciosamente os seus recursos materiais, não materiais e humanos.