sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CIDADE, SUSTENTABILIDADE E GLOBALIZAÇÃO.


A busca da sustentabilidade da cidade a partir da valorização do seu patrimônio natural e cultural, encontra razão no fato de tratar-se de um suporte natural continuamente transformado pelas práticas sociais que lhe conferem usos e funções.  A definição dessas práticas, influenciada por interesses exógenos, ou resultante de conflitos, ou motivada por concertação entre os atores urbanos - sociedade, governo, mercado - vai modelar o espaço urbano, conferindo-lhe níveis distintos de sustentabilidade.   A adoção de um enfoque sistêmico do espaço urbano, exigência do enfoque sustentável, é fundamental para repensar a cidade não apenas em termos materiais, infra estruturais ou mesmo ambientais, mas para transformá-la na expressão da sociedade que a habita, na sua singularidade, especificidade e intimidade, estabelecendo com os espaços (singulares) - entorno, bairros, ruas, praças, edifícios - relação de apropriação. Nesse sentido, os espaços naturais e culturais representam lugares significativos por assumir o caráter de símbolos de reafirmação da identidade cultural.

DESFIOS
No entanto, não é tarefa simples fazê-lo, pois o sistema urbano constitui um profundo desafio à sustentabilidade. Como compatibilizar os sistemas natural e cultural, num  habitat artificial "por natureza", que não pode perdurar sem aportes constantes de energia, matéria-prima, água, alimentos? Enquanto ambiente artificial, apresenta-se como centro de captação de fluxos externos e a busca da sustentabilidade estaria relacionada, do ponto de vista material, ao esforço  para minimizar o consumo de energia fóssil, matérias, emissão de resíduos e, gerir judiciosamente os seus recursos materiais, não materiais e humanos.

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